Considere a versão atual do seu celular, computador, televisão: o quão diferentes eles são daqueles que você encontrava há dez, quinze anos? O quão mais avançados você imagina que dispositivos como esses estarão em 2030? Você estaria disposto(a) a abrir mão das inovações que os próximos modelos venham a oferecer?
É provável que sua resposta seja “não”, pois sabemos que abdicar dessas novidades tecnológicas pode trazer consequências negativas para o nosso dia a dia, como não ter o mesmo conforto ou acesso a informações que outros à nossa volta. Muitas vezes esquecemos disso, mas o mesmo acontece com o conhecimento: apesar de não ser algo concreto ou rotulado com a mesma clareza, ele se renova constantemente, e não é uma boa ideia renunciar ao que há de novo. Não é à toa que o conceito de lifelong learning, ou “aprendizado contínuo ao longo da vida”, tem sido amplamente invocado como uma qualidade fundamental para quem deseja se destacar no mercado de trabalho.
Sem dúvida, é um desafio desapegarmos da confortável ideia de que, após termos concluído e obtido a certificação da nossa graduação ou determinado curso, estamos permanentemente prontos para exercer o papel profissional que almejávamos. Porém, até que ponto os conhecimentos obtidos serão os melhores disponíveis? E, diante de um mundo em constante e rápida evolução, como saber, tendo em vista o que tem surgido recentemente, quais são e adquirir as habilidades pontuais necessárias para o nosso trabalho?
O contraste de expectativas apontado por estudos realizados pelo IBM Institute for Business Value (IBV) sugere uma tendência a certa acomodação nesse aspecto: enquanto 45% das organizações pesquisadas pelo instituto em 2019 afirmaram não conseguir encontrar profissionais com as habilidades desejadas, 87% dos trabalhadores entrevistados no início de 2021 acreditavam já possuir as habilidades necessárias para atingir suas metas de emprego.
A busca por aprendizagem contínua é, ao mesmo tempo, de grande humildade e sabedoria. Ela é uma consequência prática da verdadeira compreensão de que nunca sabemos tudo, enquanto também conta com automotivação na confiança de que sempre se está em tempo para aprender. Assim como estamos dispostos a fazer esforços, às vezes até mesmo malabarismos financeiros, para alcançarmos produtos atualizados, precisamos estar atentos à oferta e buscar novos entendimentos sobre nossas práticas pessoais e, de maneira ainda mais objetiva e planejada, profissionais.
Para além da motivação, a falta de tempo frequentemente é elencada como uma das razões para não estarmos engajados em alguma forma de aprendizado. É fundamental lembrarmos de que nossa organização diária e nossa clareza de objetivos impactam diretamente na nossa disponibilidade para estudar. Por isso, planeje:
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Outra questão essencial diz respeito à forma como estudamos e aprendemos melhor. Alguns de nós somos mais visuais, precisando recorrer a representações como gráficos e animações, enquanto outros são mais auditivos, recorrendo a uma voz ou uma sequência musical que os ajude na memorização. A internet oferece alguns testes rápidos para descobrirmos nosso estilo de aprendizagem, os quais são bastante úteis para fazermos essa reflexão e termos uma referência de recursos que podem nos ajudar a ter maior aproveitamento.
Além de saber qual o seu estilo de aprendizagem, atente a questões práticas como o seu local de estudo (você pode preferir estar na privacidade do seu quarto ou ao ar livre, por exemplo); o período do dia em que você é mais produtivo; os recursos que você utiliza para se concentrar (como você se sai ouvindo música enquanto lê?) entre outros. De qualquer forma, não se deixe engessar: teste-se, experimente diferentes recursos, varie sua experiência de estudo. Isso enriquece o processo, e talvez você descubra maneiras mais eficazes de aprender.
Por fim, para ser um lifelong learner e encontrar o caminho para a aprendizagem contínua, aproveite oportunidades: você sabia que o SESI/RS tem cursos EAD bastante acessíveis (e alguns gratuitos), que podem ensinar a você as habilidades tendência para o mercado de trabalho do futuro? Reflita sobre sua busca por aprendizado e atualize a versão dos seus conhecimentos: Cursos SESI/RS .
Autor: Bruno Schwartzhaupt, Mestre em Linguística Aplicada. Integra a equipe da Gerência de Serviços Digitais do SESI/RS.
3 comments on “Lifelong learning: caminhos para a aprendizagem contínua”
Ótimo conteúdo. Claro e objetivo.
Tds conteúdos são muito bom, bem explicado fácil de interpretar a leitura de cada Quiz. deixo aqui meu meu muito obrigado ao grupo SESI RS