Controlar o tempo sempre foi uma necessidade para os humanos. Antes mesmo do calendário que seguimos atualmente, o qual inicia a contagem a partir da data estimada do nascimento de Cristo, algumas civilizações, como chineses e judeus, já registravam o tempo por meio de calendários próprios, muitos ainda hoje reconhecidos. A sociedade moderna, por sua vez, instaurou ao tempo um status ainda mais dinâmico e regulador. Diante disso, e não sendo possível medir forças com o tempo, gerenciá-lo de forma adequada ganhou metáfora de miragem, que, quando alcançada, contribui para a qualidade de vida e o bem-estar.
O exercício da cidadania e a vivência em sociedade estão intrinsecamente associados à atuação de cada um de nós em diferentes papéis sociais. Somos, ao mesmo tempo, pais, filhos, namorados, profissionais, estudantes.
Vivenciamos as responsabilidades, as alegrias e as tristezas desses papéis. É o preparo do café da manhã para a família, a reunião na escola do filho, o prazo da demanda do trabalho, a entrega da atividade avaliativa da faculdade, a aula na academia.
Todas essas incumbências sociais resultam em uma sobrecarga de tarefas que, se não geridas, nem sempre conseguimos realizá-las no tempo estimado.
Quantas vezes deixamos de fazer o curso que queremos, ler o livro que compramos ou assistir a série de que todos estão falando por falta de tempo?
Muitas vezes, a saída encontrada é redimensionar a entrega, adiar a tarefa, fazer hora extra, deixar de participar de um evento social etc. Porém, a falta de gestão do tempo compromete não somente a nossa produtividade como também a nossa saúde e as relações sociais.
Uma pesquisa da FGV EAESP, em parceria com as empresas Talenses e Gympass, apontou, em junho de 2022, que 43% dos brasileiros estão com sobrecarga de trabalho. Com a implementação do trabalho remoto, a partir da pandemia da COVID-19, a queda da produtividade em razão da má gestão do tempo no home office, por exemplo, é a preocupação de 35% das empresas, de acordo com pesquisa da Ahgora, empresa especializada no desenvolvimento de tecnologias para gestão de pessoas.
A falta de gestão do tempo é, com certeza, uma discussão contemporânea e de nível mundial. Muitas vezes, o acúmulo de tarefas e sua procrastinação contribuem para um sentimento de frustação tanto do tempo perdido quanto do domínio da nossa própria vida.
Fazer um calendário pessoal, com foco em demandas diárias e nos diversos papéis em que ocupamos, é um dos recursos que possibilitam uma melhor gestão do tempo.
Além disso, aspectos como: focar-se mais durante a execução das atividades realizadas, investindo menos tempo em distrações; destinar horários específicos a atividades físicas e de lazer; programar de forma mais adequada o prazo de entrega das demandas para ser possível cumpri-las, por exemplo, também fazem a diferença no gerenciamento do tempo.
Agora, se você é do time que se desorganiza mais ainda ao tentar se organizar com papel, calma! Nem tudo está perdido! Use a tecnologia como sua aliada. Hoje, já é possível encontrar uma gama de aplicativos e plataforma gratuitos que auxiliam na administração das tarefas. Dê uma olhada nesta lista:
Pensar em todos os aspectos que envolvem o gerenciamento do tempo é como distribuir a rotina nos turnos do dia – manhã, tarde e noite: a gente sabe que eles existem, nos programamos para atuar sobre eles, mas sem sempre avançamos na prática.
Por isso, não faça do tempo uma miragem. Como não podemos pará-lo, precisamos gerenciá-lo. E para te ajudar nessa tarefa, o SESI/RS disponibiliza o curso Gestão do tempo. Clique aqui para conhecê-lo e ganhe o dia! EAD tem que ser SESI/RS.
Autora: Marceli Tessmer Blank, Doutora em Educação. Atualmente integra a equipe da gerência de Serviços Digitais do SESI/RS.
2 comments on “Tempo: se não se pode com ele, gerencie-o”
Assunto de suma importância para nossa realidade, sabendo das correrias do dia a dia, e as atividades que só aumentam.
Artigo sucinto mas motivador. Gostei de saber das ferramentas e aplicativos para auxiliar a administrar as tarefas diárias, não conhecia