Fenômenos naturais, que até pouco tempo eram considerados projeções pessimistas, já acontecem com frequência e consequências devastadoras para comunidades inteiras. Nesse cenário de incertezas e necessidade de mudança, os jovens surgem como vozes de alerta, propondo novas maneiras de se relacionar com o ambiente.
O Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, celebrado no Brasil em 8 de julho, pode ser um momento para inspirar a educação e o ativismo juvenil. A data, além de homenagear os profissionais que se dedicam ao desenvolvimento científico, destaca a importância desse trabalho e estimula o interesse dos jovens pela ciência e pela divulgação dos conhecimentos para a sociedade. Para os mais engajados, a pesquisa científica (exercitada no desenvolvimento de projetos) é uma ferramenta essencial na busca por soluções inovadoras e sustentáveis.
A seguir, elencamos alguns movimentos que a escola pode tomar com o objetivo de incentivar o protagonismo juvenil em relação às emergências climáticas.
O ativismo ambiental já é uma marca das juventudes contemporâneas, por isso, é preciso compreendê-lo e incentivá-lo. Vemos o engajamento dos jovens sobre questões climáticas através de movimentos sociais e espaços de ativismo online; no empreendedorismo, ao se dedicarem às áreas de inovação e tecnologia, propondo novos métodos e materiais mais sustentáveis; ou, ainda, educando outros jovens no desenvolvimento de um estilo de vida com consumo mais consciente e na utilização crítica de recursos naturais.
Se a escola tem a sustentabilidade como princípio, ela se torna um espaço singular e fértil para as discussões sobre emergências climáticas. Seja acolhendo ideias, tratando a questão climática como um debate transversal ou abrindo caminho para discutir e desafiar os jovens a proporem alternativas que os coloquem à frente de espaços de decisão. Desse modo, os jovens mobilizam a comunidade em que estão inseridos, construindo não apenas novas possibilidades de futuro, mas também diferentes formas de viver o presente.
A abordagem transdisciplinar, que integra diferentes áreas de conhecimento – Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Linguagens (incluindo as Artes) -, é fundamental para uma análise crítica e global de temas complexos como esse. Além disso, estimular o conhecimento sobre as causas, impactos e possíveis ações individuais e coletivas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas é um caminho importante para construir novas soluções coerentes com o desenvolvimento sustentável.
Indo além da inclusão do tema no currículo, fomentar na escola o desenvolvimento de projetos que proponham soluções para a crise climática é uma forma de estimular a sensibilização e a construção de soluções criativas dentro de um espaço de aprendizagem significativa e colaborativa, reforçando a compreensão de que as emergências climáticas são responsabilidade do coletivo e de que é possível pensar em novas formas sustentáveis de viver.
A escola, ao promover uma educação que valorize esses princípios não só fortalece o entendimento das causas e consequências das emergências climáticas, mas também capacita os estudantes a se tornarem agentes ativos na construção de um presente e de um futuro com mais consciência e resiliência, seja como futuros pesquisadores, educadores, profissionais em suas áreas de atuação ou mesmo dentro de suas famílias.
Leia também